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segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Jornal Espírita de Monte Carmelo–Versão Blog

Jornal Espírita de Monte Carmelo - Nº 01 – Julho/Agosto - 2009 1

Edição Bimestral Julho/Agosto - 2009 - nº 01
Responsável: William Alves de Oliveira

“O capital mais precioso da vida é o da boa vontade. Ponhamo-lo em movimento e a nossa existência estará enriquecida de bençãos e alegrias, hoje e sempre, onde estivermos”. (EMMANUEL)

Porque creio que Chico Xavier foi Kardec

Entrevista realizada com Carlos Antônio Baccelli pela revista “Goiás Espírita”, ano 7, número 22, de maio de 2003

Os motivos que me levam a uma conviccão pessoal de que Chico Xavier tenha sido a reencarnação de Allan Kardec tão numerosas e distintas são que passarei a expor alguns deles, sem o menor propósito de polemizar em torno do assunto.

1) Tendo convivido com o médium por mais de 25 anos, não observei diferença significativa entre a sua personalidade e a do Codificador. Consideremos segundo nos é dado depreender das informações prestadas pelos principais biógrafos de Kardec e dos escritos de sua própria lavra, que ambos eram, quando necessário, austeros e amáveis, determinados e bons.

2) Chico Xavier – creio que todos concordam a respeito – foi o legítimo continuador de Kardec, no que tange ao desdobramento da Codificação e à tarefa de difundi-la, através da palavra e do exemplo.

3) Após 2 de Abril de 1910, data do nascimento de Chico, o espírito de Allan Kardec não mais estabeleceu, ele mesmo, qualquer contato mediúnico confiável com os encarnados.

4) O Espírito da Verdade, coordenador espiritual da imensa equipe que o assessorava e um dos Protetores, havia lhe informado, em mais de uma ocasião, que, dentro de pouco tempo, ele rornaria a reencarnar para dar sequência à obra encetada.

5) O próprio Kardec, elaborando cálculos, deduziu que a sua volta à Terra se daria no final daquele século ou no começo do outro.

6) Chico abraçou a mediunidade aos 17 anos de idade; os Espíritos haviam dito a Allan Kardec que, quando voltasse à Terra seria em condições que lhe permitissem trabalhar desde cedo.

7) Emmanuel, um dos espíritos codificadores, foi ao lado do Dr. Bezerra de Menezes e tantos outros,o coordenador da tarefa mediúnica de Chico Xavier.

8) O Mentor da “Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas” fundada por Kardec era São Luís; o do Centro Espírita de Pedro Leopoldo, fundado por Chico Xavier, é São Luís Gonzaga.

9) Se Chico não foi a rencarnação do Codificador, conclui-se naturalmente que ele não reencarnou e que, portanto, o Espírito da Verdade se enganou no que lhe disse o que –convenhamos – colocaria em questão a sua condição espiritual.

10) Se a Espiritualidade Superior tivesse mudado de planos – o que é inconcebível, depois de anunciá-los -, por que o grande silêncio de Allan Kardec, através da maior antena psíquica do século: Chico Xavier?

11) Chico, com freqüência, se referia a Jesus e aos Espíritos amigos, mas pouco mencionava o nome de Allan Kardec.

12) Para os íntimos, Chico revelava um conhecimento da vida do Codificador que não encontramos em nenhuma de suas biografias. Contou a mim e a outros, por exemplo, que um de seus sobrinhos, após o seu desenlace, entrou na justiça reivindicando parte dos direitos autorais das obras da Codificação, o que, segundo o médium, atrasou a divulgação da Doutrina em 50 anos: coincidência ou não, Chico teve um sobrinho que lhe criou sérios problemas, em caluniosa difamação plenamente infundada.

13) Chico não se casou e, embora Kardec tenha se consorciado, segundo o médium, ele e D. Amélie Gabrielle Lacomb Boudet, que era 9 anos mais idosa do que ele, cultivavam um amor puro: ela nutria por ele verdadeiro zelo maternal. Isto me foi dito pelo próprio Chico, conforme Dra. Marlene Rossi Severino Nobre, que também estava presente na ocasião, escreveu emum artigo da “Folha Espírita”.

14) Outras “coincidências” nos fazem pensar: Kardec desencarnou em 31 de março e foi sepultado no dia 2 de abril, data do nascimento de Chico Xavier, tendo o seu corpo ficado exposto à visitação pública durante 48 horas; o mesmo pedido foi feito por Chico Xavier aos seus amigos.

15) Era hábito de Kardec efetuar doações financeiras a amigos em dificuldades, encaminhando-as em nome dos Bons Espíritos; o mesmo fazia Chico Xavier, inclusive empregando a mesma terminologia do Codificador. Diga-o quem, neste sentido, tenha sido beneficiado pelo médium.

16) Existem fotos de Kardec e de Chico que poderiam ser sobrepostas, tal a semelhança de postura entre os dois; é espantosa a semelhança revelada entre as mãos de um e de outro, além do costume de Chico sempre usar paletó, mesmo sendo o Brasil um país de clima tropical.

17) Em Uberaba, e acreditamos que em outras cidades, vários médiuns confirmavam que Chico era a reencarnação de Allan Kardec, inclusive notável medianeira Antusa Ferreira Martins, que era surda-muda e analfabeta, portanto incapaz de ser influenciada por especulações neste sentido.

18) Entre os que contestam ser Chico a reencarnação de Kardec, há os que afirmam que o Codificador não teria sido tão tolerante quanto Chico o foi com o que lhe sucedia ao redor, envolvendo irmãos de ideal e outros, esquecendo-se de que, em “Obras Póstumas”, o Codificador não hesita em confessar que a “Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas” havia se transformado em um foco de intrigas contra ele e que enfrentara inúmeros dissabores, inclusive traição.

19) Chico jamais confirmou ser a reencarnação de Allan Kardec; ao contrário, quando não fazia questão de negá-lo, inclusive em entrevistas, respondia reticentemente em torno do assunto.

20) Poderiam, perfeitamente, ser de Chico Xavier as seguintes palavras de Allan Kardec: “Sentia que não tinha tempo a perder e não perdi; nem em visitas inúteis, nem em cerimônias estéreis. foi a obra de minha vida. Dei-lhe todo o meu tempo, sacrifiquei-lhe o meu repouso, a minha saúde, porque diante de mim o futuro estava escrito em letras irrecusáveis”.

21) Chico e Kardec eram assim: “Aos domingos – escrevia ainda Leymarie -, sobretudo nos últimos dias de sua vida, convidava amigos para jantar em sua Vila Ségur (Chico os convidava aos sábados, para almoçar). Então, o grave filósofo, depois de haver debatido os pontos mais difíceis e mais controvertido da Doutrina, esforçava-se para entreter os convidados. Mostrava-se expansivo espalhando o bom-humor em todas as oportunidades”.

22) Kardec e Chico, acima de tudo, tinham e têm um acendrado compromisso com o Evangelho de Jesus, em sua obra e em sua vida. Ao terminar, esclareço que, sendo adepto de uma doutrina de livre expressão, qual o é o Espiritismo, reinvidico para mim o direito de pensar como penso e deixo exarado neste testemunho, sem, evidentemente, negar a qualquer outro o direito de discordar de minhas convicções, sem que me sinta, necessariamente constrangido a transformar o assunto em polêmica sem proveito, com responder a objeções que o tempo, e somente o tempo, haverá de fazer.

ADOLFO BEZERRA DE MENEZES

Nascido na antiga Freguesia do Riacho do Sangue, hoje Solonópole, no Ceará, aos 29 dias do mês de agosto de 1831, e desencarnado no Rio de Janeiro, a 11 de abril de 1900.

Em novembro de 1852, ingressou como praticante interno no Hospital da Santa Casa de Misericórdia. Doutorou- se em 1856 pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, defendendo a tese “Diagnóstica do Cancro”.

Eleito vereador municipal pelo Partido Liberal, em 1861, teve sua eleição impugnada pelo chefe conservador, Haddock Lobo, sob a alegação de ser médico militar. Objetivando servir o seu Partido, que necessitava dele a fim de obter maioria na Câmara, resolveu Bezerra de Menezes afastar- se do Exército.

Em 1867 foi eleito Deputado Geral. Quando político levantou- se contra ele, a exemplo do que ocorre com todos os políticos honestos, uma torrente de injúrias que cobriu o seu nome de impropérios.

Entretanto, a prova da pureza da sua alma deu-se quando, abandonando a vida pública, foi viver para os pobres, repartindo com os necessitados o pouco que possuía.

Retornando à política, foi eleito vereador em 1876, exercendo o mandato até 1880. Foi ainda presidente da Câmara e Deputado Geral pela Província do Rio de Janeiro, no ano de 1880.

O Dr. Carlos Travassos havia empreendido a primeira tradução das obras de Allan Kardec e levara a bom termo a versão portuguesa de "O Livro dos Espíritos". Logo que esse livro saiu do prelo levou um exemplar ao deputado Bezerra de Menezes, entregando- o com dedicatória. O episódio foi descrito do seguinte modo pelo futuro Médico dos Pobres:

"Deu- mo na cidade e eu morava na Tijuca, a uma hora de viagem de bonde. Embarquei com o livro e, como não tinha distração para a longa viagem, disse comigo: ora, adeus! Não hei de ir para o inferno por ler isto... Depois, é ridículo confessar- me ignorante desta filosofia, quando tenho estudado todas as escolas filosóficas. Pensando assim, abri o livro e prendi- me a ele, como acontecera com a Bíblia. Lia. Mas não encontrava nada que fosse novo para meu Espírito. Entretanto, tudo aquilo era novo para mim!... Eu já tinha lido ou ouvido tudo o que se achava no "O Livro dos Espíritos". Preocupei- me seriamente com este fato maravilhoso e a mim mesmo dizia: parece que eu era espírita inconsciente, ou, mesmo como se diz vulgarmente, de nascença".

No dia 16 de agosto de 1886, um auditório de cerca de duas mil pessoas da melhor sociedade enchia a sala de honra no Rio de Janeiro, para ouvir em silêncio, emocionado, atônito, a palavra sábia do eminente político, do eminente médico, do eminente cidadão, do eminente católico, Dr.Bezerra de Menezes, que proclamava a sua decidida conversão ao Espiritismo.

Os artigos de Max, pseudônimo de Bezerra de Menezes, marcaram a época de ouro da propaganda espírita no Brasil. De novembro de 1886 a dezembro de 1893, escreveu ininterruptamente, ardentemente. Bezerra de Menezes tinha a função de médico no mais elevado conceito, por isso, dizia ele: "Um médico não tem o direito de terminar uma refeição, nem de perguntar se é longe ou perto, quando um aflito qualquer lhe bate à porta. O que não acode por estar com visitas, por ter trabalhado muito e achar- se fatigado, ou por ser alta hora da noite, mau o caminho ou o tempo, ficar longe ou no morro, o que, sobretudo pede um carro a quem não tem com que pagar a receita, ou diz a quem lhe chora à porta que procure outro – esse não é médico, é negociante de medicina, que trabalha para recolher capital e juros dos gastos de formatura. Esse é um desgraçado, que manda para outro o anjo da caridade que lhe veio fazer uma visita e lhe trazia a única espórtula que podia saciar a sede de riqueza do seu Espírito, a única que jamais se perderá nos vaivens da vida."

Sob os auspícios de Bezerra de Menezes, e acatando prescrições das importantes "Instruções" recebidas do plano espiritual pelo médium Frederico Júnior, foi fundado o famoso "Centro Espírita", o que, entretanto, não impediu que Bezerra desse a sua colaboração a todas as outras instituições.

Em 1894, o infatigável batalhador, com 63 anos de idade, assumiu a presidência da Federação Espírita Brasileira, cargo que ocupou até a sua desencarnação.

Iniciava- se o ano de 1900, e Bezerra de Menezes foi acometido de violento ataque de congestão cerebral, que o prostrou no leito, de onde não mais se levantaria. Verdadeira romaria de visitantes acorria à sua casa. Ora o rico, ora o pobre, ora o opulento, ora o que nada possuía.

Ninguém desconhecia a luta tremenda em que se debatia a família do grande apóstolo do Espiritismo. Todos conheciam suas dificuldades financeiras, mas ninguém teria a coragem de oferecer fosse o que fosse de forma direta. Por isso, os visitantes depositavam suas espórtulas,

delicadamente, debaixo do seu travesseiro. No dia seguinte, a pessoa que lhe foi mudar as fronhas, surpreendeuse por ver ali desde o tostão do pobre até a nota de duzentos mil reis do abastado!...

Ocorrida a sua desencarnação, verdadeira peregrinação demandou sua residência a fim de prestar- lhe a última visita.

No dia 17 de abril, promovido por Leopoldo Cirne, reuniram- se alguns amigos de Bezerra, a fim de chegarem a um acordo sobre a melhor maneira de amparar a sua família, tendo então sido formada uma comissão que funcionou sob a presidência de Quintino Bocaiúva, senador da República, para se promover espetáculos e concertos, em benefício da família daquele que mereceu o cognome de"Kardec Brasileiro".

Digno de registro foi um caso sucedido com o Dr. Bezerra de Menezes, quando ainda era estudante de Medicina. Ele estava em sérias dificuldades financeiras, precisando da quantia de cinqüenta mil réis (antiga moeda brasileira), para pagamento das taxas da Faculdade e para outros gastos indispensáveis em sua habitação, pois o senhorio, sem qualquer contemplação, ameaçava despejá-lo.

Desesperado – uma das raras vezes em que Bezerra se desesperou na vida -- e como não fosse incrédulo ergueu os olhos ao Alto e apelou a Deus. Poucos dias após bateram- lhe à porta. Era um moço simpático e de atitudes polidas que pretendia tratar algumas aulas de Matemática. Bezerra recusou, a princípio, alegando ser essa matéria a que mais detestava, entretanto, o visitante insistiu e por fim, lembrando- se de sua situação desesperadora, resolveu aceitar. O moço pretextou então que poderia esbanjar a mesada recebida do pai, pediu licença para efetuar o pagamento de todas as aulas adiantadamente. Após alguma relutância, convencido, acedeu. O

moço entregou- lhe então a quantia de cinqüenta mil réis.

Combinado o dia e a hora para o início das aulas, o visitante despediu- se, deixando Bezerra muito feliz, pois conseguiu assim pagar o aluguel e as taxas da Faculdade. Procurou livros na biblioteca pública para se preparar na matéria, mas o rapaz nunca mais apareceu.
No ano de 1894, em face das dissensões reinantes no seio do Espiritismo brasileiro, alguns confrades, tendo à frente o Dr. Bittencourt Sampaio, resolveram convidar Bezerra a fim de assumir a presidência da Federação Espírita Brasileira. Em vista da relutância dele em assumir aquele espinhoso encargo, travou- se a seguinte conversação:

-- Querem que eu volte para a Federação. Como vocês sabem aquela velha sociedade está sem presidente e desorientada. Em vez de trabalhos metódicos sobre Espiritismo ou sobre o Evangelho, vive a discutir teses bizantinas e a alimentar o espírito de hegemonia.

-- O trabalhador da vinha, disse Bittencourt Sampaio, é sempre amparado. A Federação pode estar errada na sua propaganda doutrinária, mas possui a Assistência aos Necessitados, que basta por si só para atrair sobre ela as simpatias dos servos do Senhor.

-- De acordo. Mas a Assistência aos Necessitados está adotando exclusivamente a Homeopatia no tratamento dos enfermos, terapêutica que eu adoto em meu tratamento pessoal, no de minha família e recomendo aos meus amigos, sem ser, entretanto, médico homeopata. Isto, aliás, me tem criado sérias dificuldades, tornando-me um médico inútil e deslocado que não crê na medicina oficial e aconselha a dos Espíritos, não tendo assim o direito de exercer a profissão.

-- E por que não te tornas médico homeopata? Disse Bittencourt.

-- Não entendo patavina de Homeopatia. Uso a dos Espíritos e não a dos médicos.

Nessa altura, o médium Frederico Júnior, incorporando o Espírito de S. Agostinho, deu

um aparte:

-- Tanto melhor. Ajudar-te-emos com maior facilidade no tratamento dos nossos irmãos.

-- Como, bondoso Espírito? Tu me sugeres viver do Espiritismo?

-- Não, por certo! Viverás de tua profissão, dando ao teu cliente o fruto do teu saber humano, para isso estudando Homeopatia como te aconselhou nosso companheiro Bittencourt. Nós te ajudaremos de outro modo: Trazendo- te, quando precisares, novos discípulos de Matemática...

FONTE: http://www.espiritismogi.com.br/biografias/bezerra.htm

Jornal Espírita de Monte Carmelo - Nº 01 – Julho/Agosto - 2009

Em todas as edições deste humilde jornal, estaremos publicando o estudo de um livro espírita, ecomeçaremos estudando o livro de Richard Simonetti “Não pise na bola” do ano de 1995, em que aborda algumas reflexões inspiradas em temas debatidos em inúmeras reuniões as quais ele participou em Mocidades Espíritas.

Esperando assim como o autor, que todos os leitores deste jornal, encontrem o ensejo de gratas lembranças, mas, sobretudo, que elas sirvam aos jovens, mostrando-lhe ainda subsídios de como “conduzir a bola”, a fim de que sejam menos numerosos os “tombos” e mais proveitosa a jornada.

PRIMEIRA PARTE – AMOR

AMOR A PRIMEIRA VISTA

Pergunta: Existe o amor à primeira vista?
Resposta: Salvo em circunstâncias especiais, de almas afins, que se encontram para gloriosas experiências em comum, o amor não é uma aquisição “à vista”. Melhor que seja uma realização “aprazo”, desenvolvido e sustentado em longos anos de experiência em comum.”

Pergunta: Mas não é frequente as pessoas dizerem que logo no primeiro contato encontraram o homem ou a mulher de suas vidas?
Resposta: É possível, mas também muitos viram o parceiro de sua vida transformar-se em tormento dela, culminando com a separação.

Pergunta: Estavam equivocados?
Resposta: Talvez existisse uma ligação efetiva, fruto de experiências em comum no pretérito. Vieram para consolidá-la, mas a relação deteriorou-se com o tempo.

Pergunta: Por isso costuma-se dizer que com o amor passamos o tempo e com o tempo passa o amor?
Resposta
: O que passa é a paixão, o amor-desejo, o amor-deslumbramento. Alguns quilos de sal consumidos em comum e as pessoas começam a sentir que o parceiro não é tão desejável e nada deslumbrante.

Pergunta: O que seria, então, o verdadeiro amor? Lembro-me da série famosa de publicações ilustradas, sob o título “Amar é...”, envolvendo manisfestações de afeto recíprocas. Do homem para a mulher.
Resposta: Amar é conversar com ela; amar é entender seus momentos difíceis; amar é lembrar-se de seu aniversário; amar é acompanhá-la ao médico; amar é dar-lhe um descanso na cozinha... São incontáveis as situações em que se enfatiza algo que o amante faz pela amada ou vice-versa. Amar é isso – querer o bem de alguém.

Pergunta: Mesmo esse amor não se desgasta com o tempo?
Resposta: Depende das pessoas. O amor é como uma planta que se não for bem cuidada, morre. Muitos casais, unidos por legítimos laços de afetividade, acabam vendo o amor fenecer por falta de cuidado e atenção.

Pergunta: Por que isso acontece?
Resposta: Porque as pessoas se envolvem muito com seus negócios, seus interesses pessoais,suas paixões, e não deixam espaço para cultivar o amor.

Pergunta: Não são as dificuldades de relacionamento que acabam por provocar as tormentas do amor? As pessoas se amam muito, mas, de repente, descobrem que são muito diferentes.
Resposta: O homem e a mulher se completam justamente porque são diferentes. Pretender que tenham identidade plena de interesses e aptidões seria contrariar a própria biologia. Se o amor for bem cultivado, com os defensivos da compreensão, do respeito e da tolerância, não haverá espaço para as ervas daninhas do desentendimento, que matam o amor.

Julho

I. 06/07/1932 Aparece a primeira edição do livro “Parnaso de Além Túmulo”, pela mediunidade de Chico Xavier.

II. 17/07/1919 Desencarne de William Crookes, físico de renome internacional, descobridor da energia radiante, tornou-se espírita ao estudar os fenômenos de materialização do espírito Katie King.

Agosto

I. 01/08/1865 Aparece a 1ª Edição de “O Céu e o Inferno” de Allan Kardec.

II. 16/08/1886 Bezerra de Menezes durante uma conferência expõe publicamente pela primeira vez sua fé no espiritismo.

III. 29/08/1831 Nascimento de Bezerra de Menezes, em Riacho do Sangue, Ceará. Parte de sua biografia consta em nosso Jornal, item: Grandes vultos do Espiritismo.

MEMÓRIA ESPÍRITA

No Roteiro de Jesus

Autor: Irmão X

Psicografia: Francisco Cândido Xavier
Organização: Gerson Simões Monteiro
Editora: FEB
Páginas: 320
Tamanho: 14x21cm

Sinopse:

Esta obra contribui para que os Estudiosos do Espiritismo e Leitores em geral tenham reunidos em uma única obra textos publicados em oito livros do Espírito Humberto de Campos e que relatam episódios vividos por Jesus, divididos em quatro partes, a saber:

1ª parte: Temas ligados ao início da vida de Jesus na Terra;

2ª parte: Jesus agindo (ensinando, curando, exemplificando, confortando, etc.);

3ª parte: Fatos vivenciados pelo Cristo no final de sua vida na Terra;

4ª parte: Jesus agindo após a sua volta ao mundo espiritual.

O mais importante das mensagens reunidas nesta obra é o seu aspecto revelador, quando, ao relatar fatos acontecidos com Jesus retifica, em alguns casos, erros históricos e destaca a preciosidade dos ensinamentos cristãos. Tais ensinamentos, na realidade, são pérolas que brilham mais neste tesouro de luz.

CAMPANHA DO BRINQUEDO “VOVÓ FLOZINA LUIZA”

A campanha teve início no dia 12 de Outubro de 2008, no Centro Espírita Luz e Caridade, na

Rua Eduardo Pimentel, 129, Boa Vista, Monte Carmelo, MG, e tem como objetivo, doar brinquedos para centenas de crianças carentes desta cidade.

A criação deste evento deu-se através dos integrantes da casa, alguns residentes em Uberaba, como William Alves de Oliveira, que após participar de uma distribuição de brinquedos em uma casa espírita na cidade de Uberaba, MG, juntamente com sua filha Rafaelly Luiza e sua mãe Aparecida Luiza, demonstraram interesse em realizar algo assim em Monte Carmelo.

Contando com o incentivo delas e de sua esposa Fernanda Alves, ligou para o então presidente do Centro Espírita Luz e Caridade, o querido e saudoso Sr. Jerônimo Luiz e também para a professora de Evangelização Sra. Albanil Davi, ambos acolheram com muito amor a idéia, e aí começaram a rotina intensa de arrecadação de brinquedos em Uberaba, Monte Carmelo e demais cidades da região.

A diretoria do Centro decidiu após uma reunião entre eles, a homenagearem como mentora espiritual e responsável pela campanha, o nome da já desencarnada avó materna do William e que foi uma das grandes trabalhadoras da casa, a Sra. Flozina Luiza.

Foram arrecadas no ano passado, mais de 600 brinquedos, que foram amplamente doados no Dia das Crianças.

PRECISANDO DE VOCÊ

Jornal Espírita de Monte Carmelo - Nº 01 – Julho/Agosto - 2009 10

Neste ano, já se iniciou a arrecadação de brinquedos. E está precisando muito da ajuda de quem possa interessar em doar brinquedos novos ou usados em boas condições.

Interessados em realizar tais doações, seja de qualquer cidade, favor entrar em contato com o William Alves, pelo e-mail: refwoliveira@hotmail.com ou procurar a direção do Centro, no endereço acima citado, de Segunda a Sexta no horário das 19h30min às 20h30min, para saber como doar.

BIBLIA DO CAMINHO

A “Bíblia do Caminho” é uma compilação de todas as obras de Allan Kardec e de Francisco Cândido Xavier, e uma versão completa do Antigo e Novo Testamento, sendo todos os livros e textos inter-relacionados através de um Índice temático.

A última versão da “Bíblia do Caminho” traz o ESDE – Estudos Sistematizados da Doutrina Espírita, versão completa. Acesse agora o site: www.bibliadocaminho.com.br e instale já em seu micro.

O SANATÓRIO ESPÍRITA PEDE SOCORRO!

O Sanatório Espírita de Uberaba – SEU, foi fundado em 31/12/1933, pela estimada Maria Modesto Cravo. Atualmente o Sanatório possui 120 leitos e com uma média de 130 internações por mês. Para garantir todo esse tratamento, o Sanatório conta com uma equipe de 92 funcionários, além das 12 equipes de médiuns passistas que fazem o tratamento espiritual de segunda-feira a sábado nos períodos matutino e noturno.

O Sanatório está passando por dificuldades financeiras, por isso, lançou a campanha O Sanatório Espírita Pede Socorro”.

Se você desejar ajudar o Sanatório Espírita de Uberaba faça sua doação na Conta Poupança

do Sanatório Espírita de Uberaba Caixa Econômica Federal – Agência: 1538 – Conta: 013.7394-6

Outras informações pelo telefone (34) 3312-1869 falar com Márcio.

MATERIAL PARA EVANGELIZAÇÃO INFANTIL

O Departamento de Evangelização da Criança, da Aliança Municipal Espírita de Juiz de Fora, fornece Planos de Aulas para evangelização infantil para crianças entre sete e doze anos, que poderão ser baixados do site: http://www.evangelizacaojf.ddfserver.com/

Se você conhece algum evangelizador interessado, que não tenha internet dê-lhe o endereço para receber os Planos de Aulas num CD, a custo zero.

Endereço: Rua Mons. Gustavo Freire nº 99 / 6 – São Mateus – Juiz de Fora-MG – CEP: 36016-470

– A/C de José Passini.

Jornal Espírita de Monte Carmelo - Nº 01 – Julho/Agosto - 2009 11

_ CAMPANHA DO BRINQUEDO “VOVÓ FLOZINA LUIZA”

Vem aí no dia 12 de Outubro, no Centro Espírita Luz e Caridade, Monte Carmelo, mais uma Campanha do brinquedo Vovó Flozina Luiza, tendo como meta a distribuição dos brinquedos arrecadados durante o ano, para as crianças carentes. Interessados em auxiliar na distribuição das fichas e também na distribuição dos brinquedos, favor entrar em contato com a Albanil Davi ou Marquinho no Centro Espírita Luz e Caridade.

_ DISTRIBUIÇÃO DE ALMOÇO NA CADEIA PÚBLICA DE MONTE

CARMELO

Acontecerá nos dias 26/07 e 30/08 a distribuição de almoço na cadeia pública de Monte Carmelo às 12h00minhs. Interessados em auxiliar no preparo e/ou na distribuição do almoço, favor entrar em contato com o Marquinho ou Sandra, no Centro Espírita Luz e Caridade.

Relataremos um fato acontecido com Chico, já divulgado em muitos periódicos espíritas e livros escritos pelos amigos do médium.

Certa feita, estando em obras a caixa d’água da casa de Chico e esta localizada ao lado de seu quarto de dormir, preocupado pelas visitas espirituais que sempre sucediam no período noturno, resolveu para sua tranqüilidade deixar um bilhete na

porta do quarto embargado com a reforma, o seguinte:

“Se algum amigo espiritual quiser visitar-me esta noite, terei o imenso prazer de recebê-lo; no endereço ao lado, estarei nesse cômodo da casa”.

E muito prestativo, desenhou uma seta indicando a outra porta.

E completava o bilhete:

“Amanhã, estarei de retorno no quarto de sempre”, e despediu-se:

“Jesus nos abençoe, com todo carinho, despeço-me agradecido”.

AGENDE-SE CASOS DE CHICO XAVIER

Jornal Espírita de Monte Carmelo - Nº 01 – Julho/Agosto - 2009 12

Culto de Assistência

Autor: Emmanuel (espírito)

JESUS E A ASSISTÊNCIA

Por que teria Jesus multiplicado os pães

para a multidão que lhe ouvia a palavra?

Decerto que se o maná da revelação

pudesse atender, de maneira total, às

necessidades da alma no plano físico, não se

preocuparia o Senhor em movimentar as

migalhas do mundo para satisfazer a turba

faminta.

É que o estômago vazio e o corpo doente

alucinam os olhos e perturbam os ouvidos,

impedindo a função do entendimento.

O viajante perdido no deserto,

atormentado de secura, não compreenderá, de

pronto, qualquer referência à Justiça Divina e

à imortalidade da alma, de vez que retém a

visão encadeada à sede que lhe segrega o

espírito em miragens asfixiantes. Ao portador

da verdade compete o dever de mitigar-lhe a

aflição com a gota d’água capaz de libertá-lo,

a fim de que se lhe reajustem a tranqüilidade

e o equilíbrio.

A obra espírita-cristã não se resume, pois,

à predicação pura e simples.

Jesus descerrou sublimados horizontes ao

êxtase da Humanidade, mas curou o cego de

Jericó, refazendo-lhe as pupilas. Entendeu-se

com os orientadores de Israel, comentando a

excelsitude das Leis Divinas; entretanto,

consagrou-se à recuperação dos alienados

mentais que jaziam perdidos nas trevas.

Indicava a conquista do Céu por meta divina

ao vôo das esperanças humanas; contudo,

devolveu a saúde aos paralíticos. Referiu-se à

pureza dos lírios do campo; todavia, não

olvidou o socorro aos leprosos, em sânie e

chagas. Transfigurou-se em nume celeste no

Tabor, mas não desprezou a experiência

vulgar da praça pública.

É que o Evangelho define a restauração

do homem total.

A alma humana é a crisálida do anjo,

como a Terra é material para a edificação do

Reino de Deus.

Desprezar a fraternidade uns para com os

outros, mantendo a flama do conhecimento

superior, será o mesmo que encarcerar a

lâmpada acesa numa torre admirável,

relegando à sombra os que padecem

desesperados, ou que se imobilizam inermes,

em derredor.

ASSISTÊNCIA COMO DEVER

É indispensável o culto da solidariedade

como simples dever.

Todos possuímos algo para dar.

O níquel da assistência consoladora...

A roupa esquecida ou imprestável...

O pão que sobra à mesa...

A frase reconfortante...

O livro renovador...

A bênção de uma prece...

Não nos reportamos, porém, à esmola

suplicada. Dizemos da ação espontânea e

constante do amor fraterno que procura os

companheiros menos felizes para socorrê-los

nas provas difíceis e deprimentes, copiando a

Infinita Bondade Celestial que não nos

aguarda atitudes mendicantes para doar-nos a

luz do sol.

REFLEXÃO

Jornal Espírita de Monte Carmelo - Nº 01 – Julho/Agosto - 2009 13

Se recolhemos a bênção do Senhor, em

cada instante da estrada, é justo saibamos

estendê-la aos que nos cercam em nome do

Cristo Vivo que não nos desampara.

Precisamos da lídima caridade uns para

com os outros, como necessitamos do ar que

nos sustenta.

Caridade sem tributos de gratidão.

Caridade sem ostentação de virtude.

Caridade como saúde da alma

Caridade como hábito justo.

Caridade como inadiável obrigação.

ESPIRITISMO E ASSISTÊNCIA

O Espiritismo cria em nossa existência

novos costumes e novos modos de ser.

É a renovação da mente em Cristo,

integrando-nos na verdade que nos fará livres

através da preciosa escravidão aos nossos

deveres.

E estabelecemos novo plano de relações,

em nosso campo doméstico e social.

A compreensão pacifica-nos o espírito.

A oração converte-se em alimento de

cada dia.

E a caridade aparece aos nossos olhos, em

sua função de tutora da paz, impelindo-nos ao

Sumo Bem.

Mas porque admitir que somente

poderemos exercê-la, monumentalizando

institutos de salvação?

Porque delegar ao amanhã o serviço de

hoje?

A enfermidade observa-nos a saúde.

A carência do vizinho repara-nos a

abundância.

A dor, em lágrimas, ouve-nos o cântico

de alegria.

Dispomos de estudos freqüentes, de

reuniões sistemáticas, de preces diárias... Por

que não instituir em nossas tarefas

doutrinárias o culto semanal da assistência

fraterna?

Conhecemos os espinheiros e os pântanos

do caminho... E sabendo que todos somos

irmãos, como avançar para a glória da frente,

escutando os gritos de revolta e os soluços de

sofrimento de quantos ainda se enleiam à

miséria da retaguarda?

Jesus passou entre os homens , ensinando

e servindo, trazendo o Céu à Terra ou

elevando a Terra para o Céu. Por agora, não

podemos dizer ao paralítico "levanta-te e

anda", mas não devemos esquecer que a

migalha de pão, a gota de leite, a peça

agasalhante, o frasco de remédio, a página

luminosa, a flor da amizade, a frase

edificante, a visita espontânea e a prece

amiga podem realizar milagres de amor,

levantando os companheiros que sofrem para

que empreendam em si mesmos a viagem de

retorno das trevas para a luz.

APELO FRATERNAL

Quanto possas, assim, ainda que seja por

algumas horas de um dia em cada sete, na

equipe dos irmãos de ideal ou simplesmente

sozinho, atende ao culto semanal da caridade

como dever.

Faze-o, porém, com amor e humildade,

porque somente através da humildade e do

amor, o teu gesto de fraternidade e carinho

não se transformará em fel da vaidade

constrangedora.

É imprescindível sejamos entendidos no

ato de auxiliar, para que não tenhamos em

troca a desconfiança e a amargura daqueles

que nos esperam ternura e cooperação.

Há companheiros em lutas expiatórias tão

extensas e tão complexas que não dispensam

o apoio incessante, enquanto atravessam as

faixas da vida física.

Lembra-te, no entanto, do pão e da luz,

como que Deus te socorre, todos os dias, e

ajude sempre.

O olvido temporário na carne, enquanto é

hoje, não te deixa perceber a medida dos

próprios débitos.

Se agora é o teu momento de dar, amanhã

pode surgir a tua hora de receber.

Não te faças representar por outrem, ao

lado de quem padece.

Dinheiro e autoridade convencional,

respeitáveis embora, não compram na vida os

Jornal Espírita de Monte Carmelo - Nº 01 – Julho/Agosto - 2009 14

talentos do coração.

Doarás alimento e remédio, reconforto e

carinho aos que jazem nas algemas da

angústia, mas, em troca, todos eles dar-te-ão

coragem e esperança, fortaleza e consolo,

valorizando-te, no corpo terrestre, a

responsabilidade de agir e viver.

Deixarás a tenda dos tristes, diminuindo a

própria tristeza, deixarás os cegos, louvando

os próprios olhos, contemplarás o paralítico,

sentindo a graça do movimento, e despedirte-

ás dos enfermos e dos loucos, dos fracos e

infelizes, agradecendo ao Senhor a ventura de

poder ajudar.

Não esperes, desse modo, pelo concurso

dos outros para sustentar a fonte do bem.

Concedeu-te Jesus no Espiritismo que te

abençoa a porta de trabalho e esperança para

o acesso à Vida Maior.

Ora e estuda, aprende e ensina a verdade,

mas não olvides a leitura do amor no livro

das almas.

Observa as Leis da Vida, entendendo e

ajudando os corações que te cercam, para que

te não emaranhes na sombra, ante o esplendor

do Grande Caminho... E, confiando-te à

solidariedade como simples dever,

perceberás, junto de cada aflição, a presença

do Cristo, o Divino Benfeitor, que resumiu o

seu Evangelho de Luz, no mandamento

inesquecível: - "Amai-vos uns aos outros

como eu vos amei"

(Mensagem recebida pelo médium Francisco Cândido Xavier, em sessão pública da noite de 23 de julho de 1956, no Centro Espírita "Humildade, Amor e Luz", da cidade de Monte Carmelo, Minas Gerais)

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